Entre 1749 e 1753, nas vésperas do Terramoto de Lisboa, as demolições de algumas casas modestas para se construir no local um novo edifício levaram à descoberta de vários vestígios arquitetónicos romanos (incluindo duas bases e um
capitel de ordem
jónica que pertenceram a colunas) e cinco monumentos epigráficos.
Destes, perdeu-se um, de teor funerário. Das quatro lápides que chegaram aos nossos dias, três eram votivas - duas consagrações a
Cibele e outra a
Mercúrio -, e uma era honorífica (um pedestal em que
Felicitas Iulia Olisipo homenageia uma personagem ilustre). As peças encontram-se embutidas na parede do edifício do Largo da Madalena, 1-6 que dá para a Travessa do Almada, onde podem observar-se.
Nos elementos arquitetónicos encontrados, e entretanto desaparecidos, e na descoberta das duas epígrafes consagradas a
Cibele, assenta a hipótese de no local ou nas imediações ter existido um templo dedicado a essa deusa. A teoria, no entanto, nunca foi comprovada arqueologicamente, além de que não leva em consideração o aparecimento, no mesmo local e nas mesmas circunstâncias, do monumento dedicado a
Mercúrio, do pedestal honorífico e até da epígrafe funerária desaparecida, que não se relacionariam com o suposto templo.