Um tabuleiro da grande estrada de acesso à cidade, parte integrante da
via que seguia para o cruzamento de Santarém (de onde saíam estradas para Porto e Braga, Évora e
Mérida). Este troço terá sido construído durante o principado de Tibério (de 14 d.C. a 37 d.C.), o segundo imperador romano.
No tempo do imperador Cláudio (41 d.C. a 54 d.C.), surgiu uma estrada secundária, perpendicular à principal. E apareceram também os primeiros túmulos - esta área passa a ser usada como
necrópole durante mais de 200 anos, pelo menos até ao fim do século III. Encontraram-se aqui nove edifícios, recintos e outros monumentos fúnebres, dos dois lados do empedrado secundário e muito perto da
via principal.
Cem anos depois, perto do início do século IV, começaram a ser retiradas pedras da
necrópole, apesar de as pessoas continuarem a sepultar os seus na zona.
Finalmente, quando o século V se aproximava, esta área tornou-se rural, e o que ainda sobrava dos edifícios funerários foi adaptado por agricultores para as suas explorações agropecuárias. A estrada principal ainda teve obras de renovação no início do século V e continuou a ter muito movimento até meados do século seguinte.
Algumas das evidências arqueológicas encontradas na Praça da Figueira integram a exposição do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta.