Este monumento epigráfico incompleto porque foi cortado no topo, numa das faces laterais e na base para servir de material de construção, condição em que foi encontrado durante as obras de restauro do Castelo de São Jorge, talvez tenha sido originalmente um pedestal ou uma grande
ara (altar). O que sobrou do texto que tem gravado é suficiente para o distinguir no conjunto da Epigrafia romana do território actualmente português, uma vez que refere um
verna, de um dos Augustos (um dos imperadores), ou seja um escravo público da época imperial (quando a propriedade do Estado se começa a confundir com a propriedade privada dos imperadores), que é também
vilicus (feitor, administrador, colector) da
vicesima hereditatium, uma taxa de 5 % cobrada entre 6 a.C. até ao final do século III d.C. a todos os cidadãos do império sobre a vigésima parte das transmissões por herança. Este homem, de nome
Firmus, é exemplo de um escravo que é também uma personagem notável.