Villa romana, ocupada entre os séculos I a.C. e VI d.C. (podendo ter-se estendido até à época medieval islâmica), implantada numa área de elevado potencial agrícola, sobranceiro à ribeira de Caparide.
Foram encontradas sobretudo áreas de lixeira - não se identificaram estruturas correspondentes às
pars urbana e/ou
pars rustica da
villa, para lá de um forno de cerâmica provavelmente romano.
A ocupação mais bem conhecida no local corresponde à
necrópole, onde foram estudadas 33 sepulturas, uma das quais de incineração, datável de época Alto-Imperial. As restantes sepulturas de
inumação datarão do Baixo-Império e da Antiguidade Tardia, e são abertas diretamente no solo (em alguns casos delimitadas por esteios laterais formando caixas retangulares). Um estudo antropológico permitiu determinar o número mínimo de indivíduos: 49 são adultos e 28 não adultos, distribuídos por sepulturas individuais e por ossários. A maioria dos esqueletos encontrava-se em
decúbito dorsal (barriga para cima), estando os enterramentos orientados a nascente.