Séculos I d.C. - IV / V d.C.

Criptopórtico das termas portuárias

Um
criptopórtico
(estrutura abobadada de pedra) que, atendendo aos vestígios encontrados no local, às características arquitetónicas e às técnicas e materiais utilizados, terá servido de suporte a
termas
. Foram descobertos elementos arquitetónicos, estuques trabalhados e pintados, travessas de madeira e de vidraça, telhas e tijoleiras cerâmicas, além de cerâmica fina, comum e de
ânforas
, pertencentes à época Romana Alto-Imperial e à Antiguidade Tardia. A investigação arqueológica concluiu que as águas se infiltraram nas galerias subterrâneas pouco depois da sua construção no século I d.C., através de uma fissura que ainda hoje é visível.
A estrutura foi descoberta, inundada de água, durante a reconstrução pombalina que se seguiu ao Terramoto de 1755. Durante os séculos XVIII e XIX, foram efetuados alguns levantamentos e descrições, que conduziram a diferentes interpretações históricas, mas só no final do século XX avançaram as intervenções arqueológicas, sobretudo com o lançamento do Projeto de Estudo e Valorização do
Criptopórtico
Romano de Lisboa (um programa de investigação plurianual em arqueologia, de iniciativa municipal).
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Epígrafes

Pedestal votivo a Esculápio

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Modelo 3D com reconstituição do criptopórtico e do edifício que lhe estava sobreposto.

Tipologia

Criptopórtico, Termas, Epígrafes, Cidade | Urbs

Intervenções arqueológicas

1995-1996; 2015; 2015-2016; 2018; 2019; 2020

Sugestões de Leitura

Caessa, A.; Mota, N.; Nozes, C. (2016) - Novas descobertas no criptopórtico romano de Lisboa - Rua da Conceição, 75-77 (Santa Maria Maior) - 1ª Fase. Almadan. Almada: Centro de Arqueologia de Almada. IIª série. 20, pp. 220-221.

Encarnação, J. (1973) - Criptopórtico romano no subsolo de Lisboa. Jornal da Costa do Sol (Cascais, 01-09-1973). 489, pp. 4 e 6.

Fabião, C. (1994) - O monumento romano da Rua da Prata. Lisboa Subterrânea. Lisboa: Museu Nacional de Arqueologia, pp. 67-69.

Maciel, J. (1993-1994) - A propósito das chamadas conservas de água da Rua da Prata. Conimbriga. Coimbra: Instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra. 32-33, pp. 145-156.

Moita, I. (1977) - As termas romanas da Rua da Prata em Lisboa. Lisboa: Publicações Culturais da Câmara Municipal de Lisboa.

Mota, N.; Martins, P. V. (2018) - Criptopórtico romano de Lisboa: arqueologia e arquitetura de uma estrutura portuária (um esboço preliminar). In Senna-Martinez, J. C.; Martins, A. C.; Caessa, A.; Marques, A.; Cameira, I., eds. - Meios, Vias e Trajetos... Entrar e sair de Lisboa (Fragmentos de Arqueologia de Lisboa; 2). Lisboa: Centro de Arqueologia de Lisboa e Secção de Arqueologia da Sociedade de Geografia de Lisboa, pp. 85-108.

Ribeiro, J. C. (1994) - Breve nota acerca do criptopórtico de Olisipo e da possível localização do fórum corporativo. Bracara Augusta. Encontro de Arqueologia Urbana, Braga, 1994. Revista Cultural da Câmara Municipal de Braga. Braga. XLV: 96 (110), pp. 191-200.

Morada

Rua da Prata, 45-51 / Rua de São Julião, 86-92, Lisboa

Código de identificação

LxR1106011