O teatro romano de
Felicitas Iulia Olisipo foi uma obra emblemática da cidade romana, com
capacidade para cerca de 4 mil espectadores, construída aproveitando os recursos e as matérias-primas locais, e constituindo-se como expoente máximo e marca do poder romano no tecido urbano.
No caso de
Felicitas Iulia Olisipo, essa marca era magnífica: quem chegava à cidade de barco, pelo Tejo, e olhava para a colina onde muito mais tarde se ergueria o Castelo de São Jorge tinha uma visão de um grande teatro em semicírculo.
Em 1798, as ruínas foram redescobertas, durante as obras de renovação desta zona da cidade, e novamente enterradas.
Nos anos 60 do século XX deram-se os primeiros trabalhos arqueológicos, que identificaram vários pormenores centrais - o
hyposcaenium, a
orchestra, a
imma cavea, o
aditus nascente. Nos anos 80 e 90, os arqueólogos identificaram um dos
vomitoria.
Em 2001, inaugurou-se o museu. Mas as obras de renovação entre 2013 e 2015 permitiriam identificar novas áreas do teatro, como o
post scaenium. Os elementos arquitetónicos e decorativos e os objetos arqueológicos analisados nessa altura ajudaram a confirmar que o Teatro datava do principado de Augusto.
Para além da exposição patente no museu com os objetos provenientes das escavações arqueológicas realizadas no local, uma parte importante do teatro pode também ser visitada.