Durante as obras de recuperação de um edifício, e conversão numa unidade hoteleira, identificou-se um troço de seis metros de largura da muralha romana do período tardio, com uma orientação oeste-este. Os
silhares da face exterior da muralha eram de grandes dimensões, ao passo que o interior era constituído por pedras de tamanhos variáveis, dispostas arbitrariamente.
Encontraram-se ainda vestígios de um pátio porticado interior, testemunhado por um tanque de construção robusta e revestido a
opus signinum, em cujos cantos assentavam colunas (chegaram até nós duas bases de lioz, nos ângulos nordeste e sudeste, possivelmente de ordem
coríntia). A base do tanque era constituída por
silhares retangulares de grande dimensão, sobre os quais se elevava uma parede elaborada com tijolos unidos e revestidos com argamassa esbranquiçada. No exterior do tanque, a circulação fazia-se sobre um piso construído com
lateres e
tegulae. Estas evidências sugerem que estamos perante uma
domus com
peristilo.