Desde meados do século XVII que está registada a existência de epígrafes romanas na capela da Serra de São Julião, uma das quais reaproveitada como pedra de altar. Dois séculos mais tarde, esta placa monumental - dedicada à memória do
edil Quinto Cecílio Ceciliano e do seu filho Marco Cecílio Avito - estava colocada na Quinta de A-da-Rainha. é possível que uma outra epígrafe funerária, dedicada a Terencia Stacte, identificada na mesma quinta, tivesse a mesma proveniência. Uma outra estela funerária, celebrando Mascelio Severo, estava embutida, juntamente com um fragmento de
ara, na fachada poente da ermida, à qual foi adossada, há algumas décadas, uma capela mortuária. Na fachada sul ainda se encontra uma epígrafe funerária dedicada a Labéria Avita. No adro foi também identificado o fragmento de uma
cupa e, no muro de delimitação do adro, encontra-se ainda embutido o que resta de um sarcófago de calcário lioz - com 1,96 m X 0,55 m X 0,48 m -, que a tradição local designava por "a casinha de S. Julião". Mutilado em meados do século XX, mantém apenas uma das faces longitudinais. Junto à capela foi ainda identificado um estrato arqueológico com vestígios que parecem corresponder a sepulturas, pelo que é provável que os monumentos epigráficos sejam provenientes da área envolvente, onde se poderá ter localizado a zona sepulcral de uma
villa romana já identificada, situada a poucas centenas de metros do local.