Estela funerária de Licinia Maela

Estela funerária de Licinia Maela, filha de Marcus, que numa das
necrópoles
da cidade de
Felicitas Iulia Olisipo
assinalava o local onde repousavam os restos mortais desta mulher que terá vivido durante o século I d.C.. Em época posterior, quando a estela funerária já perdera o seu sentido, foi usada como material de construção. Foi nesse estado que foi encontrada, em 1939, integrada na parede de um dos troços mais antigos do Castelo de São Jorge. Antes de ter sido esquecido entre as pedras que compunham a muralha, o monumento foi ainda usado para gravar nova inscrição em época muculmana, mantendo a sua função epigráfica. Com efeito, abaixo da inscrição funerária romana, em latim, foi gravado, em caracteres cúficos típicos do século X d.C., um texto que comemora a reconstrução da cidade de Lisboa, em 985 d.C., no tempo de Almansor.

Tipo de inscrição

Funerária

Idioma

Latim

Técnica

Gravação

Leitura

LICINIA M(arci) F(ilia)/ MAELA H(ic) S(ita) E/ST

Tradução

Licínia Mela, filha de Marco, aqui jaz.

Localização atual

Museu de Lisboa | Palácio Pimenta

Sugestões de Leitura

Barceló, C. (2013) - Lisboa y Almanzor (374 H. / 985 d.C.). Conimbriga. Coimbra: Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. 52, pp. 165-194.

Ramirez Sádaba, J. L. (2002) - O homem e a morte na Lusitânia. In Ribeiro, J. C., coord. - Religiões da Lusitânia. Loquuntur Saxa. Lisboa: Museu Nacional de Arqueologia, pp. 301-305.

Silva, A. V. (1944) - Epigrafia de Olisipo (subsídios para a história da Lisboa romana). Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, pp. 100-101 (n.º 7).

Links Úteis

Museu de Lisboa - Palácio Pimenta - https://museudelisboa.pt/pt/nucleos/palacio-pimenta

Código de identificação

LxRomana1106038