Estela funerária de
Licinia Maela, filha de
Marcus, que numa das
necrópoles da cidade de
Felicitas Iulia Olisipo assinalava o local onde repousavam os restos mortais desta mulher que terá vivido durante o século I d.C.. Em época posterior, quando a estela funerária já perdera o seu sentido, foi usada como material de construção. Foi nesse estado que foi encontrada, em 1939, integrada na parede de um dos troços mais antigos do Castelo de São Jorge. Antes de ter sido esquecido entre as pedras que compunham a muralha, o monumento foi ainda usado para gravar nova inscrição em época muculmana, mantendo a sua função epigráfica. Com efeito, abaixo da inscrição funerária romana, em latim, foi gravado, em caracteres cúficos típicos do século X d.C., um texto que comemora a reconstrução da cidade de Lisboa, em 985 d.C., no tempo de Almansor.